Dedico a: Ana Gabriela, Izabelle, Laura, Clarisse, Alice, Jéssica, Natália, Natália, Bea, Ananda, Ana Carolina, Nivea e Duda, Henrique, Luiz, Patrícia, Catarina, BAA, AHTP e ao BTS, que me proporcionou encontrar mais da metade desse pessoal.
Aviso: Não será uma análise do novo álbum do BTS, mas alguns pensamentos que tive com os vídeos deles.
Minha vida começou a mudar um dia antes do debut do BTS e, mesmo sem saber, cada álbum deles foi lançado em alguma data que fez a diferença em minha vida. Consigo lembrar o que estava acontecendo naquela época.
E não posso dizer que foram momentos felizes. Até que em 2016 tive um colapso e minha primeira morte (aquela mais temida). Minha inspiração acabou e eu, como fotógrafa, não sabia mais fazer aquilo que eu mais amei.
Começou aí minha provação, que não vou colocar a culpa em Deus, pois Ele não tem culpa das coisas que fizeram comigo. Ou que eu fiz comigo. Apesar de tudo, ainda acredito que Ele é a manifestação de amor e não me usaria para testar minha fé de forma tão cruel.
Em 2020 apenas minha vida deu uma reviravolta e eu digo isso porque me tornei ARMY e, mais que encontrar o BTS, encontrei gente que me fez ter vontade de viver ou pelo menos desenterrou em meu coração essa vontade de novo.
Mesmo tendo perdido gente que estava comigo há anos, acredito que levamos algumas relações mais por convenções que realmente pelos sentimentos. Libertar-se disso é uma dádiva e eu recomendo. Enquanto eu me afundava em solidão, eu encontrei um grupo de pessoas que, até hoje eu não entendo como me aguentam, principalmente quando a depressão bate.
Fazer amizade após os 30 é uma das coisas mais complexas, afinal, adultos já estão moldados pela sociedade e dificilmente são tão abertos. Mas enquanto minha identidade marcava 32 (quase 33), eu lembrei que morri em 2016 e que toda morte também é um início e eu precisava renascer.
O que eu vivi fez com que eu me tornasse a pessoa que sou hoje e isso não vai mudar. Também não acredito que eu precisasse passar pelo que eu passei para ser a mulher que sou hoje, mas, olhando para trás, não sei se eu teria minhas amizades hoje comigo se tivesse desistido ou seguido minha vida no fundo do poço.
Talvez elas não gostariam da Thais arrogante e dura de anos atrás. Depois de renascer em 2020, eu decidi que continuaria olhando certas coisas do mundo tal como uma criança pela primeira vez. E isso foi fundamental para que eu, a cada dia, aprenda um pouco com elas e descubra que o ser humano pode também ser a fonte da minha alegria.
Minha terapeuta diz que eu sou a prova viva de superação e eu odeio essa palavra. Mas, no meu caso, acredito que encontrar as pessoas certas, no momento certo foi crucial para que hoje eu estivesse aqui e elas são a prova da minha existência.
